terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tabela Copa do Brasil

Depois de 7 anos vamos descansar um pouco da nossa tão querida Libertadores e disputar a Copa do Brasil.




O São Paulo estréia diante do Treze-PB dia 16 de fevereiro e para minha sorte, pode ter dois times do ES pela frente. Ia ser muito bom assistir a um jogo do Tricolor aqui em terras capixabas. Ta certo que é muito difícil do Vitórinha chegar às Oitavas e mais difícil ainda do Rio Branco chegar às Quartas mas num custa torcer.

Abaixo segue os prováveis confrontos do Tricolor:

E agora umas fotinhas pra ver se alguém lembra de quando ainda disputávamos a Copa do Brasil.





quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Novidades Paulistão 2011


Considerado por muitos o campeonato estadual mais forte do país, o Campeonato Paulista da Série A1 chega em 2011 repleto de novidades.

Ao invés de 4 equipes se classificando para a segunda fase da competição este ano serão as 8 primeiras colocadas que se classificarão paras as quartas de final, semi final e a finalíssima. Outra mudança é que as partidas de quartas e semi finais serão disputadas em jogo único sendo o time de melhor campanha o mandante do jogo. Na finalíssima continua a decisão por dois jogos. Outra novidade é a mudança no critério de desempate, a partir de 2011 em caso de empate nos jogos da segunda fase a decisão será por pênaltis e não decidida de acordo com a colocação da primeira fase como era anteriormente.





As novidades não se limitam apenas as quatro linhas. O Campeonato Paulista de 2011 vem com modificações em sua fórmula de disputa e também na arbitragem, que agora contará com um sexteto durante as partidas. O árbitro principal, o quarto árbitro e os dois auxiliares ganham agora a companhia de mais dois assistentes que ficarão posicionados ao lado dos gols. Outra novidade é a fórmula de disputa da competição, que agora prevê oito classificados para a segunda fase do torneio. O novo formato agradou os clubes participantes.


Tabela Paulistão 2011

PRIMEIRA FASE

1.ª RODADA
Domingo, 16 de janeiro
Linense x Santos
Mogi Mirim x São Paulo
Corinthians x Portuguesa
Palmeiras x Botafogo
Noroeste x Santo André
Americana x Bragantino
São Bernardo x Grêmio Prudente
Mirassol x Ponte Preta
Paulista x Ituano
Oeste x São Caetano

2.ª RODADA
Quarta-feira, 19 de janeiro
Santos x Mirassol
São Paulo x São Bernardo
Bragantino x Corinthians
Ituano x Palmeiras
Santo André x Linense
Ponte Preta x Mogi Mirim
Botafogo x Noroeste
São Caetano x Guaratinguetá
Grêmio Prudente x Paulista
Portuguesa x Oeste

3.ª RODADA
Domingo, 23 de janeiro

Corinthians x Noroeste
São Paulo x Ponte Preta
Oeste x Palmeiras
Grêmio Prudente x Santos
Mogi Mirim x Mirassol
São Caetano x Ituano
Paulista x São Bernardo
Bragantino x Santo André
Linense x Portuguesa
Guaratinguetá x Botafogo

4.ª RODADA
Quarta-feira, 26 de janeiro
Santos x São Caetano
Palmeiras x Paulista
Corinthians x Mogi Mirim
Guaratinguetá x São Paulo
Grêmio Prudente x Botafogo
Mirassol x Santo André
Noroeste x Bragantino
Portuguesa x Ponte Preta
Ituano x Linense
São Bernardo x Oeste

5.ª RODADA
Quarta-feira, 30 de janeiro

Santos x São Paulo
São Bernardo x Corinthians
Portuguesa x Palmeiras
Santo André x Ituano
Ponte Preta x São Caetano
Linense x Paulista
Oeste x Mirassol
Noroeste x Guaratinguetá
Botafogo x Bragantino
Mogi Mirim x Grêmio Prudente

6.ª RODADA
Quarta-feira, 2 de fevereiro

Mirassol x Palmeiras
Corinthians x Ituano
Ponte Preta x Santos
São Paulo x Linense
Portuguesa x Guaratinguetá
Oeste x Botafogo
Paulista x Noroeste
São Caetano x Grêmio Prudente
Bragantino x São Bernardo
Mogi Mirim x Santo André

7.ª RODADA
Domingo, 6 de fevereiro

Santo André x Santos
Palmeiras x Corinthians
Botafogo x São Paulo
Ituano x São Bernardo
Grêmio Prudente x Portuguesa
Bragantino x Mirassol
Ponte Preta x Linense
Noroeste x Mogi Mirim
Guaratinguetá x Oeste
São Caetano x Paulista

8.ª RODADA
Domingo, 13 de fevereiro

Santos x Noroeste
Paulista x Corinthians
Palmeiras x Guaratinguetá
Portuguesa x São Paulo
Linense x Grêmio Prudente
Mirassol x São Caetano
São Bernardo x Ponte Preta
Bragantino x Ituano
Botafogo x Santo André
Oeste x Mogi Mirim

9.ª RODADA
Domingo, 20 de fevereiro

Corinthians x Santos
São Paulo x Bragantino
Mogi Mirim x Palmeiras
São Caetano x Portuguesa
Grêmio Prudente x Oeste
Guaratinguetá x Ituano
Mirassol x Linense
Santo André x Paulista
São Bernardo x Noroeste
Ponte Preta x Botafogo

10.ª RODADA
Domingo, 27 de fevereiro
São Paulo x Palmeiras
Santos x São Bernardo
Corinthians x Grêmio Prudente
Guaratinguetá x Mogi Mirim
Ituano x Botafogo
Santo André x Ponte Preta
Noroeste x São Caetano
Paulista x Mirassol
Oeste x Linense
Portuguesa x Bragantino

11.ª RODADA
Sábado, 5 de março
Palmeiras x Santo André
São Caetano x São Paulo
Linense x Corinthians
Oeste x Santos
Grêmio Prudente x Ituano
Mirassol x Noroeste
Botafogo x Portuguesa
Bragantino x Paulista
Ponte Preta x Guaratinguetá
São Bernardo x Mogi Mirim

12.ª RODADA
Quarta-feira, 9 de março

Santos x Portuguesa
São Paulo x Ituano
Noroeste x Palmeiras
Corinthians x Ponte Preta
Paulista x Oeste
Santo André x Guaratinguetá
Mogi Mirim x Linense
Grêmio Prudente x Bragantino
São Bernardo x Mirassol
Botafogo x São Caetano

13.ª RODADA
Domingo, 13 de março
São Paulo x Santo André
Santos x Botafogo
Mirassol x Corinthians
Palmeiras x São Bernardo
Guaratinguetá x Paulista
Ituano x Portuguesa
Mogi Mirim x São Caetano
Ponte Preta x Grêmio Prudente
Oeste x Bragantino
Linense x Noroeste

14.ª RODADA
Domingo, 20 de março

Bragantino x Santos
Corinthians x Guaratinguetá
São Caetano x Palmeiras
Grêmio Prudente x São Paulo
Noroeste x Ponte Preta
Botafogo x Paulista
Portuguesa x Mirassol
Ituano x Mogi Mirim
Linense x São Bernardo
Santo André x Oeste

15.ª RODADA
Quarta-feira, 23 de março

Santos x Mogi Mirim
Paulista x São Paulo
Corinthians x Oeste
Palmeiras x Linense
Portuguesa x Santo André
São Caetano x Bragantino
Ponte Preta x Ituano
Mirassol x Guaratinguetá
Noroeste x Grêmio Prudente
São Bernardo x Botafogo

16.ª RODADA
Domingo, 27 de março
Ituano x Santos
São Paulo x Corinthians
Palmeiras x Bragantino
Botafogo x Linense
Ponte Preta x Paulista
Mogi Mirim x Portuguesa
Guaratinguetá x São Bernardo
Oeste x Noroeste
Grêmio Prudente x Mirassol
Santo André x São Caetano

17.ª RODADA
Domingo, 3 de abril
Botafogo x Corinthians
Santos x Palmeiras
São Paulo x Mirassol
Bragantino x Ponte Preta
Ituano x Oeste
Portuguesa x Noroeste
Paulista x Mogi Mirim
Santo André x Grêmio Prudente
São Caetano x São Bernardo
Linense x Guaratinguetá

18.ª RODADA
Domingo, 10 de abril

Corinthians x São Caetano
Palmeiras x Grêmio Prudente
Guaratinguetá x Santos
Noroeste x São Paulo
Linense x Bragantino
Mogi Mirim x Botafogo
São Bernardo x Santo André
Mirassol x Ituano
Paulista x Portuguesa
Oeste x Ponte Preta

19.ª RODADA
Domingo, 17 de abril

Santos x Paulista
São Paulo x Oeste
Santo André x Corinthians
Ponte Preta x Palmeiras
Portuguesa x São Bernardo
Botafogo x Mirassol
Grêmio Prudente x Guaratinguetá
São Caetano x Linense
Ituano x Noroeste
Bragantino x Mogi Mirim

SEGUNDA FASE

QUARTAS DE FINAL
Domingo, 24 de abril
Grupo 2 - 1.º x 8.º
Grupo 3 - 2.º x 7.º
Grupo 4 - 3.º x 6.º
Grupo 5 - 4.º x 5.º

SEMIFINAL
Domingo, 1 de maio
Grupo 6 - Vencedor Grupo 2 x Vencedor Grupo 5
Grupo 7 - Vencedor Grupo 3 x Vencedor Grupo 4

FINAL
Domingo, 8 e 15 de maio

Vencedor Grupo 6 x Vencedor Grupo 7

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Novos títulos Brasileirão

Mais uma da CBF e do dono do circo Ricardo Teixeira.

- Os títulos de showbol e as medalhas de ouro de César Cielo serão homologados como Campeonatos Brasileiros para o Flamengo.

- Os mundiais que Pelé conquistou serão homologados como títulos do Santos.

- O Botafogo terá homologados os títulos dos campeonatos em que foi de segundo a quinto colocado, pois todos foram roubados.

- O Sport terá o título da segunda divisão em 1990 homologado como Campeão Brasileiro.

- O Sport pediu a homologação do título da musa do Brasileirão 2009 como Campeonato Brasileiro.

- Todos os times campeões da segunda divisão terão os títulos convertidos em campeonatos brasileiros.

- Os três títulos de Roland Garros de Guga serão convertidos em Campeonatos Brasileiros do Avaí

- Rubinho queria ajudar seu time, o Corinthians, a homologar algum título, mas ele mesmo não tem nenhum.

- Rubinho teria pedido a homologação do título de kart no final de semana como título mundial, mas ele perdeu para a Bia Figueiredo e nem isso consegue pedir.

- O Corinthians pediu a homologação o título da Libertadores conquistado no Playstation.

- O Corinthians pediu a homologação do título da corrida de caminhão valendo como do Campeonato Brasileiro.

- O Palmeiras pede a homologação do título de Musa do Brasileirão 2008 valendo como Cameponato Brasileiro.

- O Grêmio pede a homologação do título de Musa do Brasileirão 2010 valendo como Cameponato Brasileiro.

- O Vasco quer que seus 46 títulos estaduais de remo sejam convertidos em, pelo menos, um Campeonato Brasileiro.

- O Flamengo terá os títulos nacionais de basquete de 2008 e 2009 homologados como campeonatos brasileiros de futebol.

- Agora que o Santos contratou Falcão, o time quer que os 16 títulos que o jogador conquistou com a seleção sejam homologados como Campeonatos Brasileiros para o Peixe.

- O Santos quer a taça das bolinhas, por ser o primeiro hexa-campeão brasileiro.

- O Palmeiras quer a taça das bolinhas por ser o primeiro octa-campeão brasileiro.

- O Bahia quer a taça das bolinhas por ser o primeiro campeão brasileiro.

- O Sport quer a taça das bolinhas, porque todo mundo quer.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Por que reescrever a história?

Opnião do blogueiro Emerson Gonlçaves o Blog Olhar Crônico Esportivo o qual sou totalmente a favor.


Hoje existe o photoshop, badalado e usado até além dos limites do imaginável. Mesmo sem ele, entretanto, os soviéticos durante décadas modificaram a realidade, tentaram reescrever a história. Por ordem de Stalin, todas as fotos de grandes momentos da Revolução de Outubro e dos primeiros anos do regime soviético, em que Trotsky aparecia ao lado de Lênin, foram retocadas, já que a determinação era clara: deletar Trotsky. Nos textos e livros a tarefa era bem mais fácil, bastava apagar, queimar ou censurar previamente. Em pleno quarto final do século XX, nos derradeiros momentos da União Soviética, o photoshop primitivo, mas eficiente, continuou funcionando: as fotos de Gorbatchev eram retocadas para eliminar a mancha avermelhada em seu crânio. Entre outros motivos alegados, um era que parte do povo russo associava aquela mancha de pele a um sinal do coisa ruim.

Por aqui, nessa Terra de Vera Cruz, é comum vermos e ouvirmos mestres diversos, sem formação digna de tal título, tentarem reescrever nossa própria história, qualificando com olhos radicalizados e deformados de hoje as bandeiras e bandeirantes do passado. E por aí vai e vai longe.


No futebol também vemos uma tentativa de reescrever a história, através da tal unificação de títulos nacionais.

Com todo o respeito que merecem os grandes times e craques do passado e até por isso mesmo, acho que estamos vendo uma grande bobagem, difícil de ser levada a sério por quem tem um mínimo de conhecimento histórico e também de futebol.

Para quem não gostou dessa introdução, paciência. É o que penso e não vou pensar diferente para agradar a quem quer que seja.


A Taça Brasil nunca foi um campeonato nacional. Paulistas e cariocas entravam na disputa já nas semifinais e dela participavam somente os campeões estaduais. Vou mais longe: era um torneio que pouco interesse despertava no torcedor, pelo menos na cidade e no estado de São Paulo. Pequeno era seu impacto e mesmo palmeirenses e santistas interessavam-se muito mais – e às vezes tão somente – pelo Campeonato Paulista. Digo isso por ter vivido aquela época e por ter palmeirenses e santistas em minha família, além de corintianos e são-paulinos, mas uma vista d’olhos nos arquivos de nossos jornais mostrará o mesmo quadro. Aliás, tivemos casos de clubes que não a disputaram por falta de interesse e até mesmo W.O. em 1968, quando o Metropol, de Santa Catarina, não enfrentou o Botafogo.

Nos títulos de 63 e 65 o Santos disputou quatro partidas em cada competição.

Quatro!

Na conquista de seu pentacampeonato da Taça, série que foi quebrada pelo Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes, o time do Santos disputou um total de 24 partidas. Aliás, essa é a lembrança mais forte, quase única, que tenho da Taça Brasil. E não pela competição em si, e sim pelo fato de um time até então pouco conhecido dos torcedores comuns surgir no cenário goleando o Santos, vencendo-o em dois jogos seguidos. Meu pai era mineiro, mas ele próprio quase nada conhecia do Cruzeiro naquela época, embora conhecêssemos muito bem o Tupi, pois grande número de parentes morava em Juiz de Fora, e dois de meus primos jogaram por essa equipe.

Em cinco anos, em cinco edições da competição, um total de 24 partidas. Apenas para efeito de comparação, o campeão brasileiro – de fato – que mais “moleza” encontrou, foi o Vasco da Gama, em 1989, que disputou “somente” 19 partidas para conquistar o título, vencendo o São Paulo no Morumbi, com gol de Sorato.

Dezenove! E foi o campeão com menor número de partidas disputadas.

Claro que isso por si só não é fator que justifique isso ou aquilo, mas dá uma boa ideia do que é uma taça, uma competição com caráter de copa, e o que é um campeonato nacional de fato.

Volto a um ponto em que já toquei: para o torcedor, e também para a imprensa da época, a Taça Brasil nunca teve o caráter de um campeonato nacional.


Como tampouco teve esse caráter o Robertão ou, na verdade, o Rio/São Paulo um pouco ampliado. Os clubes participavam por convite, não por direito. E a competição não abrangia todo o Brasil, muito pelo contrário. Embora já tivesse uma cara mais próxima da de um campeonato nacional, não o era. Dizer que foi é deturpar a história, simplesmente. O que vai nos levar a mais uma insanidade: dois campeões brasileiros no mesmo ano, por duas vezes (Palmeiras e Palmeiras, em 1967, Botafogo e Santos em 1968). Nada mais tupiniquim, realmente.


O Campeonato Brasileiro começou em 1971.

Esse é o fato.


Não há porque desmerecer o passado tentando reescrevê-lo.


Em tempo: o que ocorreu em 1987 nada tem em comum com o passado. Tivemos duas competições efetivamente nacionais, com duas organizações diferentes, uma das quais oficial. E a outra, mesmo não sendo oficial, tem e teve o respaldo de grande parte da sociedade e do mundo da bola como um autêntico campeonato brasileiro.


Finalmente, acho estranho a direção de uma confederação dar-se o direito de mudar a história. Que eu saiba, clubes e federações estaduais (fazer o que se elas existem?), mas principalmente os clubes, razão de ser do futebol, não foram consultados a respeito. Não vi nenhuma convocação de uma assembleia geral para discutir e votar essa proposta.

Não reconheço legitimidade numa decisão de gabinete como essa, caso ela venha a ser tomada, realmente.

E, ao fim e ao cabo, a pergunta do título fica sem resposta: por que reescrever a história?

Não vejo motivo real para isso.


(Lembrando a todos, o que não deveria ser necessário, que isto é uma opinião, no caso, a minha. Cada um é livre para pensar como melhor entender e manifestar esse pensamento. Este OCE está, como sempre, aberto ao debate e à manifestação de opiniões, desde que com um mínimo de educação e sem ofensas.)

Campeonato é uma coisa, Copa é outra

Excelente post do Emerson Gonçalves do blog Olhar Crônico Esportivo.



Um campeonato nacional é uma competição aberta. Dela participam todos os clubes de uma divisão – primeira, segunda, terceira – ou série – A, B, C, etc. Depois de consolidado, tem início o processo de ascensão e rebaixamento dos clubes, dentro das divisões ou séries. Para se chegar ao campeão, o ideal é que todos joguem contra todos, em dois turnos. No Brasil, nosso principal campeonato patinou feio durante muitos anos, com fórmulas esdrúxulas, viradas de mesa, inchaço e por aí vai. Bem ou mal, entretanto, sempre foi caracterizado e aceito como a principal competição do país. Esse campeonato, assim descrito e aceito e instaurado oficialmente, teve início no ano de 1971. Antes disso nunca tivemos um campeonato nacional.


Uma disputa denominada taça ou copa tem características diferentes de um campeonato. Seus participantes não são todos os clubes de uma divisão ou série, são clubes que foram previamente qualificados para a disputa, podendo incluir clubes de diferentes divisões ou séries. Ou seja, ela é restrita. Essas competições são disputadas por meio de eliminatórias, muitas vezes simples e diretas, outras vezes com fases de grupos, sempre pequenos – com 4 participantes na quase totalidade dos casos.


Num campeonato nacional, com sua disputa aberta – e é bom enfatizar sempre esse ponto – a todos os clubes de uma divisão e somente uma, o campeão, mesmo que haja fórmulas esdrúxulas, disputa razoável quantidade de jogos para chegar ao título, enfrentando, se não todos os demais participantes, boa parte deles. Hoje, o campeão brasileiro, assim como os demais participantes do torneio, disputa 38 jogos. Em 1989, o Vasco da Gama disputou a metade – 19 jogos. Um número muito baixo, sem dúvida, fruto do modelo que tinha a competição naquele ano, mas ainda assim bastante superior ao número de partidas que disputa o campeão de uma copa ou taça.

Numa competição com esse caráter, o número de partidas disputadas é sempre menor. Na Copa Libertadores, a maior e mais importante copa que nossos clubes disputam, por exemplo, o campeão – atualmente – disputa 14 partidas, sendo 6 na fase de grupos, outras 6 nas 3 fases eliminatórias e mais 2 partidas na fase final.


Na antiga Taça Brasil, por força das circunstâncias da época e da organização e estrutura que tinham nosso futebol, tivemos o Santos conquistando o título duas vezes depois de disputar somente 4 jogos em cada torneio. Vamos e venhamos, não dá para comparar com a campanha de qualquer campeão nacional de fato.

Numa das comparações mais absurdas que já vi, dezenas, talvez centenas de pessoas, tomaram como exemplo de legitimidade como campeão com pequeno número de jogos, o Uruguai, que venceu a Copa do Mundo de 1930 disputando, também, somente 4 jogos. Até aqui, nenhum problema. Uma taça pode ser decidida em um só jogo: venceu, levou, ponto final, história escrita, não se fala mais nisso, apenas celebra-se. A Taça do Brasil, com suas características próprias, permitiu ao Santos ser pentacampeão com um total de 24 jogos. Isso porque, como time de São Paulo, assim como o representante do Rio de Janeiro, já entrava na disputa em uma fase mais adiantada. Novamente, isso nada, absolutamente nada tem a ver com um campeonato nacional e está ótimo e nada há a reclamar quando falamos em uma taça e não de um campeonato nacional.


A Taça Brasil era uma competição nacional, coisa, aliás, que fica clara por seu próprio nome. Mas não era, nunca foi, nunca será, um Campeonato Brasileiro. Sim, ela apontava o representante brasileiro para a Copa Libertadores, tal como a Copa do Brasil também aponta. Esse fato por si só não significa que a competição seja um campeonato nacional. Falando nisso, até a Copa Sul Americana, agora, também manda seu campeão para a Copa Libertadores. Não é a presença na Libertadores que define que um time seja ou não o campeão nacional.


Por motivos diversos, inclusive as distâncias que temos aqui nesse país-continente e a lentidão ou inexistência de meios de transporte capazes de viabilizar uma competição esportiva nacional, somando-se isso à bagunça, à desorganização, à falta de visão e critérios de dirigentes e autoridades diversas, somente em 1971 tivemos nosso primeiro campeonato nacional, nosso primeiro campeonato brasileiro.

As competições que existiram antes foram importantes e legítimas, isso não se discute, disputadas por alguns dos mais fantásticos times da história do futebol, mas não foram campeonatos brasileiros.

Aqui não se trata de mostrar manchetes de jornais da época para provar que o campeão da taça foi chamado de campeão brasileiro. Mormente nos anos sessenta, as manchetes de jornais e revistas tinham a função de atrair a atenção do passante e levá-lo à compra para ler a matéria com tão interessante manchete. O fato de manchetes terem chamado vencedores da Taça Brasil de “campeões brasileiros” não significa, em absoluto, que esses times tenham sido campeões brasileiros dentro da concepção plena do termo, mas ajudaram a venda dos jornais e revistas da época nas bancas.



Não se trata de desmerecer times e jogadores do passado, longe disso. Aliás, é bom que se diga, jogadores que são sempre esquecidos, são lembrados agora, de forma bastante oportunista, e brevemente estarão esquecidos novamente. Ou atacados, como se costuma fazer com o maior de todos, Sua Majestade, frequentemente tratado com deboche, certamente por muitos que agora dizem ser absurdo que ele não tenha o título de “campeão brasileiro”.


Trata-se, tão somente, de estabelecer as coisas como elas são: taça ou copa é uma coisa, campeonato nacional é outra, muito diferente. As duas coexistem, mas uma não pode ser a outra. Se alguém quer que o vencedor de uma taça seja chamado de campeão nacional, paciência, cada um pode pensar do jeito que melhor entender, mesmo que vá contra a lógica dos fatos. Se a confederação, por medida política e rasteira proceder a essa unificação, paciência, novamente. Será apenas mais um ato prepotente e de cunho meramente político de seu presidente, coisa que, por sinal, não é novidade. S.Exa. decidirá sozinho e de forma absoluta, como monarcas pré-Revolução Francesa, sem consultar ao conjunto de clubes, que nunca são consultados para nada ou, quando isso ocorre, as cartas já estão marcadas. Nada de novo, portanto. Assim como nada há de novo na brutal falta de educação de muitas pessoas que se valem da beleza e da facilidade da internet para despejarem mágoas, frustrações, ódios e rancores sobre os demais.


Minha intenção com esse novo post é somente esclarecer alguns pontos que já estavam claros, mas foram deturpados. A função de um blogueiro não é agradar a gregos ou troianos, é apenas expor à discussão seu ponto de vista. Espera-se, sempre, que discussão educada, no mínimo.


Bom final de semana a todos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

5 Anos do TRI

Carta escrita por Diego Lugano em comemoração aos 5 anos da conquista do TRIcampeonato Mundial pelo São Paulo.


“O dia 18 de dezembro de 2005 com certeza ficará guardado pra sempre na minha memória. Lembro de tudo como se fosse hoje. Aquele jogo não sai da cabeça um minuto sequer. Posso dizer que a alegria que senti naquele dia é comparável à do nascimento dos meus três filhos: Nicolás, Thiago e Bianca.

Numa partida como essa a concentração é ainda mais importante e eu estava muito focado. Pensava na minha família, nos meus amigos, no meu país, na minha cidade e é claro nos milhões de são-paulinos que estavam no Brasil torcendo por nós.Lembro perfeitamente de cada detalhe daquele dia. Lembro de como acordei, das sensações que senti, do que passou pela minha cabeça, da saída do hotel para o estádio, da chegada e do desembarque da equipe, do clima no vestiário, de tudo.

Tudo passa pela cabeça num momento decisivo. Todas as dificuldades que você superou para alcançar seus objetivos vêm na mente numa hora dessas. É o que te motiva a ir além, a brigar, a lutar, a seguir em busca do que você deseja.

Por isso o foco em ser campeão era maior do que tudo. Aquele time era assim. Nosso grupo era unido, era guerreiro, era lutador. Você olhava pra cada um dos jogadores e sabia que todos ali dariam a vida por você. Isso faz um time ser campeão. Esse era o diferencial da nossa equipe.

Lembro que fomos assistir o primeiro jogo do Liverpool no Mundial de Clubes e saímos impressionados. O time deles era muito bom. Técnica e taticamente eles vinham muito bem na competição. A vitória por 3 a 0 sobre o Saprissa demonstrou as dificuldades que teríamos na final.

Mas nem isso foi capaz de deter nosso time. Nós sabíamos também da nossa força. Sabíamos que aquele título poderia e tinha que ser nosso.

Quando começou o jogo e o time reagiu bem a toda pressão sofrida tive ainda mais certeza de que seríamos campeões. A vibração de todos em campo, a entrega, a luta. Não tinha como voltar pro Brasil sem aquele troféu.

As defesas do Rogério são inesquecíveis também. Acho que poderíamos jogar por muito mais tempo que o título seria nosso. A gente não tomaria gol de jeito nenhum. Não tinha como não ser tricampeão naquele jogo.No gol do Mineirinho foi uma festa só. Fiz questão de atravessar todo o campo para dar um abraço nele. Ele é um cara fantástico, merecia esse prêmio. Uma sensação ótima tomou conta do time, mas sabíamos que não estava nada ganho e por isso seguimos firmes, fortes na defesa, com muita marcação de todo mundo que estava em campo.

No último lance do jogo lembro que disputei no alto com o Crouch, ela passou e o outro jogador chutou pra fora. Ali veio finalmente a sensação do título. Quando o juiz apitou corri com o Fabão pra abraçar o Rogério e todos os jogadores vieram na sequência. É o melhor sentimento mundo.

O longo tempo de trabalho, tudo que planejamos e organizamos durante o ano de 2005 foi recompensado. Não poderia deixar de lembrar todos que ajudaram durante todo o caminho e em especial ao presidente Marcelo Portugal Gouvêa, a quem serei grato pra sempre.

Hoje com certeza terá comemoração aqui na Turquia.”

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O maior vexame dos Mundiais!!

Parabéns Internacional de Porto Alegre por nos proporcionar uma ótima tarde de terça-feira assistindo o maior vexame de todos os Mundiais Interclubes até hoje.

Totalmente perdido em campo, atuações apagadíssimas de seus principais jogadores e as péssimas substituições feitas por Celso Roth afundaram o Inter no jogo de estréia do Mundial Interclubes 2010. Tá certo que o goleiro do Todo Poderoso Matzembe (quem??) salvou o time em três oportunidades claras de gols do Inter mas mais por deficiência técnica dos atacantes colorados.

Mundial é para quem tem camisa pesada. Mundial é para o TRIcolor. Único time brasileiro tricampeão Mundial. Se não fosse ano de Copa do Mundo nós é que estaríamos em Dubai e não essa vergonha que foi hoje a tarde. Só o que resta agora são as gozações.




domingo, 31 de outubro de 2010

André Dias brilha na Lazio

Mais um gol de são paulino pela Lazio que é líder isolada do Campeonato Italiano. André Dias marcou

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O fator Richarlyson

Excelente post do Rica Perrone.






Todo sãopaulino me pergunta: “Porque o Richarlyson não sai do time?”. Eu mesmo as vezes me pergunto, confesso. Ele é um lateral comum, um zagueiro fraco, um volante esforçado e um meia sem brilho. Mas em qualquer posição, seja contra quem for, lá está ele. O titular mais absoluto do Tricolor nos últimos anos não convence a torcida, só os treinadores.

É claro que todos os técnicos que passaram pelo SPFC não são burros. Se ele joga, há um motivo.

E a explicação é mais simples do que se imagina. Ele não é melhor que o Diogo, que o Carletto, que o Xandão, que o Jorge Wagner e nem que o Casemiro. Mas ganha a posição de todos eles simplesmente por fazer todas elas, em tese.

Digo “em tese” porque não concordo muito em ter um polivalente limitado ao invés de um bom jogador fixo em casa posição. No futebol moderno, aquele onde se corre mais do que joga, vale e muito o preparo físico do rapaz.

Um dia perguntei ao Richarlyson no CT porque o futebol dele havia caido de produção. Ele me respondeu que não havia caido, mas sim mudado. Que a partir do momento em que ele foi convocado, ele tinha que jogar mais e melhor. Não podia ser “apenas” o feijão com arroz.

Curioso é que a única coisa que o destaca é o feijão com arroz. Ao mudar isso, se torna um jogador altamente contestável.

Com ele em campo o SPFC tem 4 formações sem mexer nas peças. E isso é um prato cheio pra treinador, principalmente os “pardais” que passaram pelo SPFC nos últimos anos. Com Diogo, você não forma 3 zagueiros. Com Carletto você não abre espaço pra uma linha de 4 na frente da zaga, coisa que treinador adora inventar quando está ganhando o jogo.

Vou usar a formação mais convencional, sem considerar a tática suicida do último domingo. Normalmente o SPFC joga com 2 volantes e 2 “meias” nas últimas rodadas. O Jorge Wagner vinha sendo titular, e mesmo perdendo a posição, perdeu pra alguém que entrou num setor parecido, com característica diferente: Fernandinho.


Note que acima está tudo dentro da normalidade. Tirando o fato do lateral esquerdo não saber cruzar, é um time formado num 442 simples. Abaixo, começa a explicação do porque Richarlyson é sempre titular.


Sem alterar nenhuma peça, o SPFC passou a ter 3 zagueiros e formou uma linha de 4 na frente da zaga, abrindo um meia pra ponta e formando um triangulo na frente. É uma alteração considerável, ainda mais sem mexer no banco.


Nesta terceira formação acima, ele vira volante. Jorge Wagner (quando titular) vira lateral e o SPFC forma uma linha com 3 volantes, ideal para brecar times que jogam no 451, como o Inter veio ao Morumbi, como o Flu vinha fazendo sem Emerson e Rodriguinho.


E neste último caso, com uma alteração no time, você nota uma linha de 4 volantes a frente dos 3 zagueiros. Saiu o Jorge, entrou Renato Silva. O time fica fortíssimo na defesa, retoma a bola no meio com facilidade e tem 3 peças no contra-ataque.

Pode mudar pra Fernandão, Marlos, tanto faz. O Richarlyson muda e é relevante no sistema de DEFESA do SPFC, não no de ataque. Sua velocidade e vitalidade garantem ao técnico a possibilidade de mudar um time com um grito, o que é sempre interessante.

Concordo? Não. No meu ele não joga. Mas, entendo a cabeça dos treinadores que podem ver 4 times sem mexer uma peça. É, de fato, justificavel sob o ponto de vista tático a sua escalação.

Mas que eu prefiro um lateral que jogue mais do que corra, isso é fato.

Ele está suspenso, de novo. É o quinto jogo que cumpre suspensão no Brasileirão. Mas não se empolguem, tricolores… ele volta.

Como volante, lateral, meia ou até goleiro, ele volta.

abs,
RicaPerrone
.

domingo, 17 de outubro de 2010

Brasileirão 2010 - 30ª Rodada

SÃO PAULO

4 X 3

SANTOS


Time jogou com raça e o bom futebol está de volta novamente!

É impressionante a mudança que Carpegiani fez com o time do São Paulo. Com esquemas ofensivos e aproveitando bem todas as peças do diversificado elenco tricolor o novo técnico já acumula 3 vitórias seguidas e ressurge com a esperança da classificação para a Libertadores 2011.

O Santos, sensação do primeiro semestre, que ganhou todos os 3 jogos contra o Tricolor este ano, que está vivo na luta pela tríplice coroa veio pro Morumbi com sede de vitória. Num podia dar outra coisa, um jogasso com 7 gols.

O time foi a campo com Rogério; Jean, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba, Lucas e Fernandinho; Dagoberto e Ricardo Oliveira. Logo aos 3 minutos após uma horrorosa manchete de Rogério o peixe abriu o placar. Mas o 4-2-2-2 de Carpegiani não iria desmoronar aí. Antes dos 20 miutos de partida Dagoberto já havia empatado, virado e ampliado a vantagem para 3x1. O primeiro tempo terminou 3x2 para o tricolor.

No intervalo Carpegiani tr ocou Lucas (lesionado) por Renato Silva. O zagueiro fez um terceiro zagueiro/lateral direito liberando Jean para jogar no meio. Logo no início do segundo tempo Richarlyson leva um amarelo por reclamação e outro por uma tesoura (que merecia vermelho direto) totalmente desnecessária na linha lateral do campo defensivo tricolor. Mais uma vez o ofensivíssimo esquema tricolor estaja sujeito a ir por água a baixo devido a burrice de Rick. Mas com muita inteligência Carpegiani recompos a ala e squerda com Diogo no lugar de Fernandinho e colocou Marlos para a saída do cansado Dagol. Ambos entraram muito bem e graças a raça de todos em campo a inferioridade nuérica não pode ser percebida e o jogo estava igual para os dois lados. Até que em três subidas e depois de duas chances na cara do gol disperdiçadas Jean faz 4x3 aos 47 minutos de jogo colocando um ponto final na batalha em campo.


Vitória para firmar de vez Carpegiani como técnico do Tricolor. Tem o time na mão e mudou totalmente a proposta de jogo são paulina. Hoje da gosto de ver jogo do São Paulo novamente. Já falou em entrevista que vai punir Rick pela expulsão de hoje mas na minha opnião deveria até afastá-lo por um ou dois jogos. A expulsão dele quase nos custou a vitória hoje.

Destaque também para a Lázio de Hernanes e André Dias que venceu hoje com gol do Profeta e assumiu a liderança do campeonato italiano.


sábado, 9 de outubro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dorival Jr no Tricolor?!


Depois de perder a queda de braço para Neymar, a diretoria santista decidiu pela demissão do técnico que conseguiu o inédito título da Copa do Brasil e classificou o Santos para Libertadores.

Bom para o São Paulo que depois da saída de Ricardo Gomes procura um técnico renomado, disciplinador e que tenha interesse em usar garotos da base. Embora Baresi esteja dando uma boa cara ao time do São Paulo ele ainda não está totalmente preparado para ser efetivado. Mas merece um cargo de auxiliar caso Dorival venha. Até para que os bons garotos da base que estão começando a ganhar espaço não sumam assim como outras promessas tricolores.

Dorival Jr tem o aval de toda a Diretoria tricolor e vem do jeito que Juvenal mais gosta: a custo zero!! O nome do treinador já tinha havia circulado nos bastidores do Morumbi na saída de Muricy e novamente na saída de Ricardo Gomes mas devido às multas recisórias foi deixado de lado.

Dorival tem no currículo ótimos trabalhos como o São Caetano que meteu 4x1 no Tricolor na semifinal do Paulistão de 2007, o Cruzeiro de 2007, o Vasco de 2009 e o Santos de 2010. Isso o credencia para treinar o Maior do Mundo.

Vamos esperar o desenrolar durante a semana mas qualquer decisão deverá ser tomada somente após o jogo contra o Goiás sábado no Morumbi.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Brasileirão 2010 - 20ª Rodada



SÃO PAULO

2X0

FLAMENGO


Goleada de 2x0!!!

São Paulo apresenta um belo futebol e premeia a festa dos 20 ANOS de Rogério com uma vitória fácil em cima do Flamengo.

.
.
.

E o que todos temiam está acontecendo novamente. ELE está voltando...



terça-feira, 7 de setembro de 2010

20 Anos de RC



20 Anos de RC

20 Anos de RC

Rogério Ceni: a história de um mito e seus 20 anos de trabalho e dedicação

Títulos, recordes e a adoração cada vez maior da torcida. Após vencer a maior lesão da carreira, goleiro comemora marca jogando o fino da bola

Por Marcelo Prado São Paulo

Um mito debaixo das traves. Uma máquina de conquistar títulos e quebrar recordes. No São Paulo, ninguém tem números tão expressivos quanto Rogério Ceni. Jogador com maior número de partidas disputadas (924), com o maior número de títulos oficiais conquistados (14), maior artilheiro do clube na história da Taça Libertadores da América (11 gols) e recordista de minutos sem tomar gols no Campeonato Brasileiro (988).

Os recordes se estendem para longe do Morumbi, afinal Rogério é o maior goleiro artilheiro do mundo (90 gols), recordista de jogos no Campeonato Brasileiro (403), foi eleito o craque do Nacional de 2007 e se tornou o único a jogador da América do Sul, em toda a história, a ter participado da eleição final da revista France Football para a eleição da Bola de Ouro (melhor jogador do mundo). Terminou na 27ª colocação na temporada 2007.

Nesta terça-feira, o paranaense de Pato Branco, aos 37 anos, marido de Sandra e pai das gêmeas Clara e Beatriz, hoje com cinco anos, escreverá o capítulo mais nobre de sua história como jogador ao completar 20 anos no clube do Morumbi. Ou, como o próprio camisa 1 diz, a sua segunda casa.

rogério Ceni são paulo placaRogério Ceni recebe placa do São Paulo (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)

- Eu só tenho a agradecer, principalmente porque o São Paulo é uma extensão da minha vida. Como minha esposa, minhas filhas, tudo que conquistei devo a esse clube. Agradeço ao São Paulo porque todos trabalham para esse clube ser cada vez maior. São 20 anos de muito trabalho, de um trabalho que cada vez me dá mais prazer. Faço tudo aqui com muito carinho, com muito amor – lembrou o jogador, emocionado após receber a placa da diretoria na manhã da última segunda-feira, no salão nobre do estádio do Morumbi.

CONFIRA OS DEZ JOGADORES QUE MAIS TEMPO VESTIRAM A CAMISA DO SÃO PAULO
NOME POSIÇÃO TEMPO DE CLUBE
Rogério Ceni Goleiro 20 anos
Teixeirinha Atacante 16 anos e 7 meses
De Sordi Zagueiro 13 anos e 7 meses
José Poy Goleiro 12 anos e 10 meses
Roberto Dias Zagueiro 12 anos e 3 meses
Mauro Zagueiro 12 anos e 1 mês
King Goleiro 11 anos
Savério Zagueiro 11 anos
Remo Meia-atacante 10 anos e 11 meses
Waldir Peres Goleiro 10 anos e 11 meses

Muita coisa mudou em duas décadas. Menos a paixão entre Ceni e o São Paulo

Em duas décadas, muita coisa mudou. O Brasil ainda não conhecia a internet, nem o telefone celular. O mundo assistia ao confronto entre Iraque e Kuwait, que, poucos meses depois, se transformaria na Guerra do Golfo. Ainda existia a União Soviética, que seria dissolvida um ano depois. No esporte, Ayrton Senna brigava pelo bicampeonato mundial contra Alain Prost e a Seleção Brasileira amargava um jejum de 20 anos sem ganhar uma Copa do Mundo. Nesse período, Rogério Ceni seguiu fazendo a mesma coisa e o mesmo trajeto todos os dias.

- É uma coisa engraçada pensar no que mudou em 20 anos. Hoje, estou mais experiente, mais careca (risos). Os anos foram caminhando, e a minha paixão pelo São Paulo só foi aumentando. Hoje, não consigo me imaginar jogando futebol sem ser com a camisa do São Paulo. Meu carro parece que está sempre no automático, vai sozinho para o CT. Vestir essa camisa é algo que dá motivação todos os dias e não tenho dúvida de que isso vai acontecer até o último dia da minha carreira - afirmou.

Nesses 20 anos, Rogério viveu imensas alegrias. Conquistou títulos, contabilizou recordes, chegou à Seleção Brasileira. Mas também teve decepções. Por duas oportunidades, essa história que hoje completa Bodas de Porcelana esteve perto de não acontecer. Por isso, o GLOBOESPORTE.COM montou uma linha do tempo para enumerar os principais fatos da carreira de um dos maiores nomes da história do clube do Morumbi.

Pressão logo no primeiro teste
Quinta-feira, 6 de setembro de 1990. Por influência de um conselheiro, Rogério Ceni deixou para trás propostas do Santos, Bragantino e Ferroviária e veio para a capital paulista para fazer um teste no São Paulo. Com 17 anos, a cidade grande já deixou o garoto muito assustado.

- Quando cheguei à cidade, uma das primeiras coisas que eu vi foi o estádio do Morumbi. E era algo de outro mundo, gigante, impressionante. Principalmente porque, três dias depois do teste, foi lá que fui morar por quatro anos. Hoje, como moro perto, passo todo dia em frente e acho a coisa mais normal do mundo – afirmou, rindo.

Voltando ao teste, Rogério Ceni fez aquecimento com o então preparador físico Sérgio Rocha e depois fez alguns trabalhos com o preparador de goleiros dos juniores, Gilberto. No intervalo, veio a oportunidade.

- O Forlán (Pablo, ex-jogador) era o técnico. Foi alguns meses antes do Telê chegar. O Gilberto fez alguns trabalhos específicos. Olhei para o campo onde o time principal treinava e vi o Gilmar de um lado e o Zetti do outro. Tinha eu e o Marcos como opções. Fui superbem, mas me lembro que tomei um golaço do Leonardo, de cavadinha. Ele saiu cara a cara comigo, eu tapei o canto e ele mandou por cima. Mas esse teste nunca vai sair da minha cabeça. Quando cheguei, não sabia o que aconteceria. E, minutos depois, estava num coletivo do time principal. No dia 7, fui ao Morumbi preencher toda a papelada e, dois dias depois, já estava morando no time do Morumbi - lembrou o goleiro.

Sérgio Baresi Rogério Ceni São Paulo 1992Rogério Ceni e Sérgio Baresi foram companheiros
na Copinha de 1992 (Foto: Gazeta Press)

Rogério não demorou muito e subiu para o time júnior. Em 1992, subiu para o time profissional, como terceiro goleiro, já que o reserva imediato de Zetti, Alexandre, havia morrido em um acidente de carro. No ano seguinte, voltou aos juniores para disputar e conquistar a Copa São Paulo daquele ano contra o Corinthians. Curiosamente, naquele time estava o zagueiro Sérgio Baresi, que hoje comanda o time profissional. Quando retornou ao profissional, logo depois, foi oficializado como reserva imediato de Zetti. No mesmo ano, fez sua estreia no time de cima, no troféu Santiago de Compostela, na partida contra o Tenerife, que terminou 4 a 1 para o Tricolor.

Paciência, paciência, paciência

De 1994 a 1996, Rogério teve de aprender a desenvolver a paciência, já que Zetti vivia a melhor fase da sua carreira. Foram 205 longas partidas na reserva. Ele atuou apenas na Copa Conmebol, quando Muricy Ramalho utilizou o time reserva, carinhosamente chamado de “Expressinho”. Até que, em junho de 1996, seis meses antes do fim do seu contrato, Ceni recebeu proposta do Goiás para ser titular e ganhar três vezes mais o que recebia no clube do Morumbi.

- Eu respeitava muito o Zetti, mas queria jogar. Fui ao presidente Fernando Casal Del Rey e apresentei a proposta. Ele me disse para ter paciência que, no final do ano, o Zetti ganharia passe livre como uma forma de reconhecer tudo de bom que ele fez para o clube. E que, quando isso acontecesse, eu viraria titular. Nessa conversa, renovei meu contrato por dois anos e tudo que o presidente havia dito, aconteceu.

Nos treinamentos, Rogério crescia cada vez mais de produção e também se destacava com a bola nos pés. Um dia, começou a treinar faltas e, animado com os resultados, resolveu que tentaria se aperfeiçoar. Em determinados treinos, chegava a bater 40, 50 faltas. E o que ele tanto sonhava aconteceu no dia 15 de fevereiro, quando autorizado pelo então técnico Muricy Ramalho, foi ao ataque e, com uma cobrança perfeita, no canto esquerdo do goleiro Adinan, Ceni marcava seu primeiro gol de falta.

Rota de colisão com o presidente em 2001 quase o levou para o Cruzeiro

Em 2001, certamente Rogério Ceni viveu seu momento mais difícil dentro do clube. O então presidente Paulo Amaral acusou o jogador de inventar uma suposta proposta do Arsenal (ING) para ganhar aumento salarial. As duas partes entraram em rota de colisão, e o goleiro foi suspenso por 29 dias, quando também não recebeu salários. Até hoje, ele não esconde o incômodo com tudo o que ocorreu.

- Nunca mais tive contato com ele (Paulo Amaral) e nem quero ter. Guardo ressentimento de como ele tratou a questão. Não tinha por que ser assim. Quando o Juvenal assumiu, eu recebi uma proposta da Grécia e levei ao conhecimento do presidente, que preferiu não me vender O outro foi intransigente. Hoje, cada um tem sua importância no clube. Ele representa o clube apenas pelos dois anos em que foi presidente. Se eu pudesse, falava toda a verdade dessa história. Mas é melhor eu ficar quieto - afirmou.

Nessa época, Ceni esteve a um passo de se transferir para o Cruzeiro. Seria trocado por André e o clube mineiro ainda dava uma excelente compensação financeira. O negócio acabou não saindo e, na eleição seguinte, Paulo Amaral foi derrotado por Marcelo Portugal Gouvêa que, em um dos seus primeiros atos, renovou o contrato do camisa 1.

Anos gloriosos

Rogério Ceni Libertadores 2005Ceni na Libertadores de 2005 (Foto: Reuters)

Passada essa turbulência, Ceni então virou o símbolo de uma equipe que, após ter passado anos brigando apenas pelo título estadual, voltou a se destacar no cenário nacional e sul-americano. Em 2003, o time garantiu o direito de voltar a disputar a Libertadores, o que não acontecia desde 1994. Em 2004, apesar da queda na semifinal diante do Once Caldas, a certeza de que o time estava no cominho certo. E isso acabou se comprovando em 2005, com os títulos paulista, da Taça Libertadores e do Campeonato Mundial de Clubes.

Entre 2006 e 2008, o São Paulo foi soberano no Brasil, conquistou o tricampeonato nacional e tornou-se o único time a ter seis títulos brasileiros. Em 2009, Ceni conheceu a pior lesão da sua carreira ao quebrar o tornozelo esquerdo num treinamento. Foram quatro meses de uma longa ausência. Hoje ele celebra o fato de voltar a atuar em alto nível. Em 2010, apesar da seca de títulos da equipe, ele contabilizou mais um recorde para sua carreira: o de maior artilheiro da história do clube na Taça Libertadores da América, com 11 gols.

Todo esse sucesso faz um senhor de 72 anos ir às lágrimas quando fala do filho. Em Sinop, onde mora o seu Eurydes, disse que seu coração está saindo pela boca de tanta alegria pelo sucesso de Rogério Ceni no São Paulo.

- Eu sou suspeito para falar do meu filho. Além de um filho maravilhoso, é um pai maravilhoso, tem um carinho muito grande com as filhas. Como jogador, não há o que dizer, os fatos e recordes dizem por si só. O Kiko (apelido do filho) é um privilegiado. No ano passado, quando ele se machucou e muitos duvidaram da sua recuperação, conversamos e senti muita vontade. Não tinha dúvida de que ele voltaria ainda melhor. E foi o que aconteceu. Vou fazer questão de ligar para ele e falar tudo que tenho vontade. O problema é que sou emotivo, vou chorar. Mas não tem importância. Ele merece tudo que a vida está lhe dando - concluiu o pai, feliz da vida.


Bate bola com o capitão são-paulino

O que falta ainda conquistar no São Paulo?

Difícil dizer. Afinal, tudo que podia viver no São Paulo, eu vivi. Tenho grandes conquistas, tricampeonato brasileiro, sete anos seguidos na Libertadores, coisa que ninguém fez no nosso país. É claro que se dá muito valor a títulos. Mas o São Paulo cresceu demais. O CT de Cotia é algo impressionante. Sexta-feira passada estive no Morumbi, onde vivi por quatro anos, e fiquei absolutamente surpreso com tudo que vi. É um progesso muito grande. O São Paulo vem crescendo muito, apesar dos resultados não serem tão bons. Mas eu quero ganhar sempre mais, quero poder disputar uma nova oportunidade e ser tricampeão, coisa que ninguém fez até hoje.

Alguém vai quebrar a sua marca de 20 anos?

Alguém vai alcançar essa marca. Vai surgir alguém, sem dúvida, mas não sei se alguém vai ficar todo esse tempo. Há décadas atrás, era uma coisa natural, normal. Hoje, com a globalização, é tudo mais complicado.

Técnico mais importante em sua carreira no São Paulo?

Todos tiveram sua parcela, mas sem dúvida, gostaria de falar do Telê Santana. Convivi com ele de setembro de 1990 a 1995. Foi quem me lançou no time profissional, que me ensinou muito. Era rígido demais com os jogadores, mas nunca deixou de ser correto com quem realmente trabalhava. Ele era meu parceiro de tênis. Naquela época era diferente. Os solteiros concentravam às 18h e os casados às 22h .Ele pedia para o segurança avisá-lo quando eu chegava, ligava no meu quarto e falava: "Vamos jogar? Como eu iria recusar esse pedido?" (risos). Lembro de uma vez que ele me chamou a atenção no CT. Eu estava sentado em cima da mesa da telefonista e ele me disse. "Na sua casa você senta em cima da mesa?" Isso mostra que no fundo ele tinha razão. Era um cara fantástico. Tenho uma admiração não só pelos títulos que ele conquistou, mas pelo jeito que ele conquistou. É um nome gravado para sempre na minha memória.

No futuro pretende ser presidente?

Ser presidente não é algo natural. Quero poder ajudar o São Paulo da maneira que eu puder. Não é uma profissão. Se um dia acontecer, a gente vê. A vida prepara surpresas. Tem gente mais preparada que eu para isso .Espero ajudar o São Paulo da melhor maneira possível.

Que avaliação faz de Sérgio Baresi?

Ele tem uma personalidade que precisa ser destacada. Com 37 anos, resolveu assumir uma obrigação que muitos recusariam. Eu mesmo não sei se estaria pronto. Ele é um cara muito trabalhador, estivemos juntos no início da carreira e, após um período muito ruim, o time começou a dar sinais de reação. Quem acha que eu interfiro na escalação dele não sabe nada. Ele escala, ele mexe, ele é o treinador. Eu apenas falo o que acho que seja necessário. Errado seria se eu falasse para ele tirar um jogador e botar outro. Isso eu nunca vou fazer.

Vai jogar bem até o final do contrato? Existe a chance de renovar?

Me sinto bem, super em forma. Apesar de algumas falhas, acredito que nas 924 partidas que estive em campo até agora, tenha mantido uma média muito boa. Tenho contrato até dezembro de 2012, a não ser que aconteça alguma lesão grave como em 2009. Hoje estou superbem e te diria que posso jogar até os 50 anos. Lá em 2012, a gente vê o que acontece - disse o jogador.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Brasileirão 2010 - 19ª Rodada




ATLÉTICO-MG

2X3

SÃO PAULO



Depois de tomar uma virada com dois penaltis cobrados por Obina, o Tricolor mostrou força de reação e finalizou o placar do Ipatingão em 2x3 com um gol e uma assitência de Marcelinho, a mais nova revelção do Morumbi.


Marcelinho que na verdade se chama Lucas e recebeu este apelido por ter jogado na escolinha de futebol do Marcelinho Carioca foi destaque do time campeão da Copinha deste ano que era comandado por Sérgio Baresi. Foi promovido aos profissionais por Ricardo Gomes mas só teve espaço no time titular com a chegada de Baresi. O garoto tem dado bastante mobilidade ao meio campo são paulino através de sua habilidade e boas chegadas ao ataque.

Depois dessas duas vitórias o São Paulo vira o turno a 6 pontos do G4 e afasta o murmurinho do rebaixamento. Fluminense e Corinthians que se cuidam porque quando menos se espera ELE surge novamente.


domingo, 5 de setembro de 2010

Novo Patrocínio: BMG


O São Paulo fechou com o Banco BMG contrato até o meio do ano que vem num valor de R$ 25 milhões. A parceria envolve também reformas no Morumbi e a utilização de um fundo de investimento do Banco para ser usado em futuras contratações de jogadores.

Com isso o Tricolor oficializa seu maior patrocínio em toda sua história (o contrato com a LG era de R$ 16 milhões anuais) e uma receita de mais de R$ 40 milhões no ano contando com os shows realizados no Morumbi, os patrocínios pontuais e a venda de jogadores.